Num documentário, ontem à noite, sobre o fotógrafo Yann Arthus-Bertrand, autor das célebres imagens de La Terre Vue du Ciel, a dada altura o fotógrafo fala desta imagem que decidiu escolher como símbolo do projecto. Foi na Nova Caledónia que encontrou, por acaso e sem ter planeado, a ilha em forma de coração. O piloto com que estava a trabalhar decidiu mostrar-lha do ar, por achar que o sítio lhe podia interessar.
No filme, Yann Arthus-Bertrand diz que logo que avistou a ilha ali de cima percebeu que aquela imagem se ia tornar um símbolo pessoal: bastou-me tirar a primeira fotografia para sentir vontade de regressar.
Entretanto, segundo o documentário, o fotógrafo voltou à ilha dez anos depois. O sítio estava muito diferente, com menos contrastes e cores menos vivas. Mas já seria de esperar, comentou ele, em dez anos quase tudo muda: o que tenho a fazer é regressar daqui a outros dez anos.
Os meus (dez) anos de lexicografia não perdoam: acho que há uma definição de amor nesta vontade de regresso àquilo que conhecemos e temos, ainda quando o conhecemos e temos, apesar de bem sabermos que as suas propriedades se podem transformar.
No filme, Yann Arthus-Bertrand diz que logo que avistou a ilha ali de cima percebeu que aquela imagem se ia tornar um símbolo pessoal: bastou-me tirar a primeira fotografia para sentir vontade de regressar.
Entretanto, segundo o documentário, o fotógrafo voltou à ilha dez anos depois. O sítio estava muito diferente, com menos contrastes e cores menos vivas. Mas já seria de esperar, comentou ele, em dez anos quase tudo muda: o que tenho a fazer é regressar daqui a outros dez anos.
Os meus (dez) anos de lexicografia não perdoam: acho que há uma definição de amor nesta vontade de regresso àquilo que conhecemos e temos, ainda quando o conhecemos e temos, apesar de bem sabermos que as suas propriedades se podem transformar.