
No filme, Yann Arthus-Bertrand diz que logo que avistou a ilha ali de cima percebeu que aquela imagem se ia tornar um símbolo pessoal: bastou-me tirar a primeira fotografia para sentir vontade de regressar.
Entretanto, segundo o documentário, o fotógrafo voltou à ilha dez anos depois. O sítio estava muito diferente, com menos contrastes e cores menos vivas. Mas já seria de esperar, comentou ele, em dez anos quase tudo muda: o que tenho a fazer é regressar daqui a outros dez anos.
Os meus (dez) anos de lexicografia não perdoam: acho que há uma definição de amor nesta vontade de regresso àquilo que conhecemos e temos, ainda quando o conhecemos e temos, apesar de bem sabermos que as suas propriedades se podem transformar.