A meio do
ano, fiz uma lista de podcasts (conferir em Podcasts de Verão). Nos podcasts que ouvi durante a segunda metade
de 2016 – alguns até anteriores a 2016, uma das grandes virtudes dos podcasts é
permanecerem disponíveis para (re)descobertas ao longo do tempo –, realce para o
que se segue.
Design Matters continua a ser o meu podcast preferido, talvez
o único que me esforço por ouvir todas as semanas. Independentemente dos
convidados, alguns mais interessantes do que outros, as perguntas de Debbie
Millman são sempre inteligentes, pensadas antecipadamente e baseadas numa
investigação que muitas vezes surpreende os próprios entrevistados. Outro
factor de interesse é a noção de design ser entendida num sentido abrangente,
relacionado com as decisões que tomamos sobre a nossa vida.
Já não me
lembro bem como descobri este episódio sobre os sentidos do silêncio, incluindo
um longo comentário sobre as Variações
Diabelli de Beethoven, bem como uma reflexão deslumbrante de Pico Iyer, num podcast que, tanto quanto consigo perceber, teve poucas episódios, mas foi
uma das coisas que mais gostei de ouvir durante o ano.
Sigo
vários podcasts com entrevistas a escritores. Entre os que ouvi na segunda
metade de 2016, recordo os seguintes com entusiasmo.
– Edmund de Waal, a propósito do livro The White
Road. (Simpatizo igualmente com Paul Holdengräber, o entrevistador,
sobretudo com a sua mania das citações. Explorar o arquivo de podcasts da New
York Public Library é um prazer. )
– Para se
recordar o livro que Colm Tóibín escreveu sobre Elizabeth Bishop ou ficar com
uma boa ideia de como é.
– À laia
de despedida de William Trevor [é preciso procurar o link na página].
– Sobre a
possibilidade de encontrar a Távola Redonda em Lisboa nos nossos dias, entre
outras coisas. (Alexandre Andrade).
– Música
inspirada por artistas visuais: parte um, parte dois.
– Já gostei
mais do podcast 99% Invisible, mas diverti-me muito com este episódio sobre lixo espacial.