
No primeiro volume de contos que A. S. Byatt publicou (Sugar and Other Stories, Vintage), há uma história sobre uma escritora que um dia conhece inesperadamente alguém que toda a gente diz ser uma espécie de encarnação do protagonista de um romance que ela escreveu. É uma história bastante sinistra.
No meu blogue anterior, certa vez, há anos, publiquei um excerto de um poema de uma escritora brasileira, lamentando o facto de não encontrar na Internet o texto integral. No dia seguinte recebi do Brasil um mail extremamente amável que transcrevia o poema na íntegra.
No ano passado, numa casual feira do livro da livraria da Faculdade de Letras, comprei por um euro um livro de John Banville. O livro intitula-se Fantasmas (Dom Quixote) e faz parte de uma trilogia, bastante perturbadora por sinal, protagonizada por um assassino especialista em arte. A dada altura, no texto, o protagonista invoca, muito de passagem, o nome da mulher amada.
Tenho óptima memória para informações totalmente inúteis mas fui à minha caixa de correio electrónico confirmar. A pessoa que me enviou o mail com o poema tinha o nome da mulher amada pelo assassino imaginado por Banville.
Ainda hoje guardo essa mensagem.