Via BiblioOdyssey
Eu diria que há um tudo-nada de abrangência excessiva em quase todas as descrições de acidentes cardíacos que conheço. «Dor no peito que vai para o pescoço, queixo, braços ou costas, mal-estar, suores frios e sensação de náuseas ou vómitos», «a dor não varia com a respiração ou mudança de posição»: o elenco dos sinais de enfarte proposto pela Coordenação Nacional para as Doenças Cardiovasculares nos anúncios de uma nova campanha de divulgação, por exemplo, podia funcionar também não só como descrição válida de um simples ataque de pânico, mas até como narrativa impressionista da segunda e da terceira décadas da minha vida.