Na China, um tapete de algas invadiu a área em Qingdao em que iriam ter lugar as competições de vela dos Jogos Olímpicos. Conta-se que centenas de soldados e cerca de 10 000 cidadãos estão empenhados na desobstrução da zona de modo a assegurar a realização das provas.
Conheci em tempos uma pessoa que sempre que havia derramamentos de petróleo no oceano começava o dia de trabalho analisando nos jornais a progressão da mancha em direcção à costa e os efeitos destrutivos da catástrofe ecológica, como se esses percursos lhe revelassem coisas sobre a própria vida.
Também eu tenho seguido o problema das algas na China com o entusiasmo comedido com que acompanharia o relato da minha existência se este estivesse a ser publicado online.
Os entendidos descrevem as condições oferecidas por Qingdao como sendo difíceis mesmo sem algas: ventos mais fracos do que seria desejável, correntes excessivamente fortes e um nevoeiro denso que frequentemente impede a navegação. Àqueles que sugerem ser a invasão das algas uma questão de má sorte ou de maldição, os entendidos respondem que o problema reside apenas na natureza do lugar.
Os responsáveis, por sua vez, insistem em lembrar que não têm plano B.