Num destes dias, no metro de Telheiras, cruzei-me com uma senhora africana que trazia uma criança pela mão e transportava uma grande trouxa sobre a cabeça. Vinha subindo pelas escadas rolantes, numa direcção inversa à minha. Era muito bonita.
Eu própria venho de um sítio onde ainda conheci mulheres capazes de percorrer dois quilómetros a pé equilibrando sobre a cabeça um recipiente com flores para vender ou para enfeitar campas no cemitério. Independentemente da idade, tinham os pescoços mais elegantes que já vi.
Segundo o autor da peça, o gatinho da imagem representa uma homenagem bem-humorada aos bibelôs domésticos e à sua capacidade de ignorar elementos como gravidade, escala e leis da natureza, mas não me venham dizer que não andamos todos por aí com coisas estranhas, em equilíbrio precário, sobre a cabeça. Dá-se simplesmente o caso de ninguém as ver.
Eu própria venho de um sítio onde ainda conheci mulheres capazes de percorrer dois quilómetros a pé equilibrando sobre a cabeça um recipiente com flores para vender ou para enfeitar campas no cemitério. Independentemente da idade, tinham os pescoços mais elegantes que já vi.
Segundo o autor da peça, o gatinho da imagem representa uma homenagem bem-humorada aos bibelôs domésticos e à sua capacidade de ignorar elementos como gravidade, escala e leis da natureza, mas não me venham dizer que não andamos todos por aí com coisas estranhas, em equilíbrio precário, sobre a cabeça. Dá-se simplesmente o caso de ninguém as ver.