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quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Filmes em 2014

Indico os quatro filmes que mais gostei de ver em sala este ano, destacando a seguir alguns momentos do meu ano de cinema que quero preservar na memória.

 
[Nota: não incluo nesta lista qualquer filme estreado em Portugal em Dezembro de 2014 simplesmente porque, devido às atribulações características da época, não tive tempo para ir ao cinema.]
 
 

Violette, de Martin Provost
 

No início, Violette Leduc  avança pela escuridão com uma mala. Ainda não é escritora. Está a fugir de alguém. A dada altura, no meio da lama, a mala abre-se e revela vísceras embrulhadas num pano branco ensanguentado. Percebemos depois que Violette sobrevive durante a guerra como traficante de comida e de outros produtos difíceis de arranjar. Todo o filme tem a ver com estratégias de sobrevivência: sobreviver às emoções, sobreviver à publicação dos livros, sobreviver aos custos da sobrevivência.
 


 Nick Cave: 20,000 Days on Earth, de Iain Forsyth e Jane Pollard
 

Qualquer dia ponho no cabeçalho deste blogue um excerto desta citação do filme:
«I love the feeling of a song before you understand it. When we're all playing deep inside the moment the song feels wild and unbroken. Soon it will become domesticated and it will drag it back to something familiar and compliant and we'll put it in the stable with all the other songs. But there is a moment when the song is still in charge and you just cling on for dear life and you are hoping you don't fall and break your neck or something. It is that feeling we chase in the studio.»
 
 

Jeune et jolie, de François Ozon


Este filme não é tanto sobre o «tédio da classe média,» como sobre a necessidade de se descobrir o próprio caminho em vez de se ser quem os outros são e de repetir comportamentos desprovidos de significado mesmo para aqueles que os adoptam e defendem.
 


Her, de Spike Jonze


Um filme que recorda que o amor também é «coisa mental».
 




O início de Charulata, de Satyajit Ray.




A cena na estação de comboio de Tokyo Twilight, de Ozu, sobre a impossibilidade de perdoar.
 



 Este plano em O Quarto Azul, de Mathieu Amalric.





 Gene Hackman em The Conversation (1974), de Francis Ford Coppola.
 
 




A rima inesperada, através do mesmo Gene Hackman, entre The Conversation e Another Woman (1988), de Woody Allen. Em The Conversation Gene Hackman instala escutas. O filme de Woody Allen começa com uma académica (Gena Rowlands) que ouve uma conversa através do sistema de ventilação do escritório que aluga para escrever. Esta conversa leva-a a recordar uma época da sua vida em que teve de escolher entre dois homens, um dos quais é representado por Gene Hackman.





A sequência que culmina neste fotograma do filme An Angel at My Table, de Jane Campion, sobre a grande escritora Janet Frame.
 


A sequência no museu no filme Vestida para Matar, de Brian de Palma.
 



Três rostos masculinos

Ethan Hawke
 

Philip Seymour Hoffman


Ralph Fiennes
 
 
 
 

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