Ultimamente tenho comprado muito poucos livros de editoras portuguesas. É uma circunstância de fácil explicação. Em geral, as edições em língua inglesa dos livros que me interessam são mais baratas e de melhor qualidade. Há livrarias online que, para além de não cobrarem portes de envio, nos fazem chegar às mãos os livros em três dias.
O último livro em português que comprei foi Sedução, Conspiração, de Eileen Chang (11.99€, 100 págs, Relógio D’Água). O volume inclui a novela de Eileen Chang em que se baseia o belíssimo filme de Ang Lee, um prefácio de Julia Lovell, um posfácio de Ang Lee e um comentário de James Schamus. A tradução da novela não me colocou problemas de legibilidade. (Faço só uma chamada de atenção: Arabian Nights deve ser traduzido por «Mil e Uma Noites» e não por «Noites Árabes», p. 70.) Não posso, infelizmente, dizer o mesmo dos prefácios e posfácios, que, para além de gralhas e descuidos variados, incluem frases difíceis de decifrar. Para além disso, o entrelinhamento e o tamanho da fonte do texto são tão exagerados que chegam a dificultar a leitura.
No Book Depository, poderia ter comprado um livro de Eileen Chang com este e outros textos (176 págs, da Penguin Classics, que não costuma ser dada a delírios de paginação) por seis libras. Reconheço que dei por mal empregue o dinheiro que gastei com o livro em português.
Para um leitor com o meu perfil (leio mais ficção e ensaio), de todas as editoras portuguesas, a Relógio D’Água é talvez aquela com um catálogo mais apelativo. Seria interessante que o trabalho de edição de texto estivesse à altura da qualidade dos títulos propostos. Sedução, Conspiração, no entanto, já não é o primeiro livro em que encontro este tipo de problemas. Da próxima vez que tiver vontade de ler qualquer coisa desta editora, pensarei duas vezes e é bem possível que opte simplesmente por encomendar o livro em inglês.
O último livro em português que comprei foi Sedução, Conspiração, de Eileen Chang (11.99€, 100 págs, Relógio D’Água). O volume inclui a novela de Eileen Chang em que se baseia o belíssimo filme de Ang Lee, um prefácio de Julia Lovell, um posfácio de Ang Lee e um comentário de James Schamus. A tradução da novela não me colocou problemas de legibilidade. (Faço só uma chamada de atenção: Arabian Nights deve ser traduzido por «Mil e Uma Noites» e não por «Noites Árabes», p. 70.) Não posso, infelizmente, dizer o mesmo dos prefácios e posfácios, que, para além de gralhas e descuidos variados, incluem frases difíceis de decifrar. Para além disso, o entrelinhamento e o tamanho da fonte do texto são tão exagerados que chegam a dificultar a leitura.
No Book Depository, poderia ter comprado um livro de Eileen Chang com este e outros textos (176 págs, da Penguin Classics, que não costuma ser dada a delírios de paginação) por seis libras. Reconheço que dei por mal empregue o dinheiro que gastei com o livro em português.
Para um leitor com o meu perfil (leio mais ficção e ensaio), de todas as editoras portuguesas, a Relógio D’Água é talvez aquela com um catálogo mais apelativo. Seria interessante que o trabalho de edição de texto estivesse à altura da qualidade dos títulos propostos. Sedução, Conspiração, no entanto, já não é o primeiro livro em que encontro este tipo de problemas. Da próxima vez que tiver vontade de ler qualquer coisa desta editora, pensarei duas vezes e é bem possível que opte simplesmente por encomendar o livro em inglês.